domingo, 4 de setembro de 2011

Frio ameaça a produção de pêssego na região





De uma hora para outra, a vida de cerca de 1,5 mil produtores de pêssego da região pode mudar de rumo. Para eles, o pomar que estava lindo, próspero, puro cor-de-rosa em decorrência da florada, ganhou ares de incerteza. O motivo para tal mudança é a queda de temperatura ocorrida no final de semana passado, quando os termômetros despencaram e propiciaram a formação de geada. Agora, o que ia de vento em popa, com expectativa de superar a safra anterior, não está mais assim tão certo. E a dúvida não afeta apenas os persicultores. A indústria de conservas ainda tem estoque, mas também começa a ficar apreensiva quanto à próxima safra que começará a ser colhida a partir de novembro.
Presidente da Associação Gaúchas dos Produtores de Pêssego (AGPP), Dary Bosembecker, 50, tem 23 hectares plantados com 11 variedades da fruta. Segundo ele, que diz lidar com este mercado desde que se conhece por gente, o clima havia sido muito favorável, com a quantidade de chuva e frio adequada, mas a última geada ultrapassou um pouco a cota.
Panorama
Conforme Bosembecker, os próximos dias serão decisivos. É preciso aguardar para observar o desenvolvimentos dos pequenos pêssegos e ver o que a colheita, estimada para o início de novembro, reserva aos produtores. Com a poda já feita, além de esperar, os persicultores se dedicarão ao raleio. O objetivo é diminuir o número de frutos em cada galho e favorecer o desenvolvimento daqueles que permanecerão ao pé.
Outros perigos
O produtor salienta ainda que o frio não é o único possível vilão da plantação. Segundo ele, o calor também podem ser altamente prejudicial. Explica que mais de 28oC já queima, porque a flor tem água dentro, com o sol aquece e cozinha a fruta. Outro fator que dificulta a criação de uma estimativa é a morte precoce da planta, que costuma ocorrer justamente nessa época, sem motivo aparente.

Fonte: Diário Popular

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