sábado, 21 de maio de 2011

AOS QUE BATALHAM FORA DAS 4 LINHAS


Em 1982, a professora Carmem Dolores fazia uma aposta com seus alunos indianos da 3º série que envolvia um clássico decisivo no campeonato da ACP. Atletas tricolores, entre eles, Aveia, Egon, Janário, Bossa  e Paulo W., duelaram com atletas indianos, entre os quais, Edson K., Jarica, Fernando B., Caldeira e Daniel, sendo que os primeiros fizeram com que a professora Dolores vencesse a aposta. Não lembro o que apostamos, mas isso não vem ao caso, agora. Fato é que quase 30 anos e muitos clássicos depois, estamos perto de reviver um duelo decisivo e histórico entre esses clubes morredondenses. Se considerarmos que os filhos da professora, do Janário e do Edson K., naquela época, nem eram nascidos, e que, agora, deverão estar em campo como atletas, é possível constatar como o tempo passa rápido demais e como é importante registrar o que se vive hoje. O registro que quero deixar aqui é, na verdade, um reconhecimento às pessoas que fazem parte das diretorias de Índio e Independente , que, juntas, deram o título antecipado de Campeão da ACP -2010/2011-para o Morro Redondo e, de certa forma, também lembrar e valorizar todas as diretorias de clubes. São pessoas que produzem muito e não ficam com nada. Realizam muito e não consideram nada seu.  Fazem bastante, mas não cobram nada. São pessoas que fazem um time campeão, mas nem sempre saem na foto. A paixão pelo clube é o que vale. Trabalham intensamente, dedicam um bom tempo de suas atividades sem se prender aos frutos que colherão, pois consideram mais importantes as sementes plantadas com dedicação abnegada. Para essas pessoas, ganhar é imprescindível, mas perder não tira a paz e o sossego de quem, pelo menos, perseverou e lutou até o final. Querem saber? Jogar é a parte mais fácil!! Citar nomes de quem dirige é desnecessário. E corre-se o risco de esquecer o trabalho de alguém. Portanto, quem entra em campo e quem torce tem a responsabilidade de continuar esse trabalho com a mesma força e dignidade, mostrando humildade na conquista, serenidade na falta de êxito, respeito ao juiz, ao atleta e ao torcedor adversário, incentivando ao gritar e, não, gritando para ofender. Violência é prova de fraqueza, então, que todos os envolvidos nesse clássico histórico sejam fortes. Fortes ao defender sua camisa, seja ela tricolor ou indiana; fortes quando faltar fôlego para buscar o ar na valentia e na garra; fortes para poder correr com a alma ao faltar pernas e músculos; fortes ao darem a volta olímpica juntos, para que essa rivalidade continue ferrenha e firme, porém, sadia e construtiva. Quem aceita, se esforça e se empenha ao trabalhar em uma diretoria, naturalmente serve de exemplo e desperta nos outros vontade de lutar, de se envolver, de ajudar, de continuar de mãos dadas mesmo com frustrações, cansaço, críticas e resultados inesperados. Sua grandeza está no serviço espontâneo. Não é fácil, mas vale a pena! No mais, aos jogadores... Bom jogo! Às diretorias... PARABÉNS!!

Lauro Rodrigues

1 comentários:

ViKa_FeLdENs disse...

Parabéns, Lauro, belas palavras de quem sabe, pois já viveu fora das 4 linhas, e vive futebol desde sempre!

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