sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Caso choca a região sul

Tragédia - Civil não descarta crime no caso da médica e dois filhos.
A médica pediatra Luciana Reinhardt e duas crianças foram encontradas mortas em um apartamento na esquina das ruas Alberto Rosa e Miguel Barcellos por volta das 14h desta quinta-feira (12). Segundo apurações da Brigada Militar (BM), não havia nenhum sinal de violência nos corpos.
A trágica morte ainda é um mistério para a polícia. Sem sinais de violência nem de sangue. Na casa da família o menino, de três anos, estava deitado na cama, a menina, de sete anos, na sala, e a mãe caída ao lado do telefone. A hipótese de crime não está descartada pela Polícia Civil."Nada pode ser descartado nesse momento", relata a delegada Shana Luft, responsável pela investigação.
Os corpos foram encontrados pelo irmão da médica pediatra Luciana Calcagno Reinhardt, 40. O jovem suspeitou a ausência da irmã, que era esperada para o almoço, e foi até o apartamento térreo na rua Alberto Rosa quase esquina com a rua Miguel Barcellos. Ao olhar pela janela a viu no chão e acionou a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Juntos arrombaram a porta. Mas a suspeita é de que os três já estivessem mortos desde a noite de quarta-feira. Luciana estava seminua e o chuveiro ligado.
A única certeza da Polícia Civil até o momento é que a mãe e os dois filhos morreram envenenados. No entanto, não se sabe se a infecção ocorreu por inalação ou através de alimentos. O inquérito só poderá ser encerrado com a conclusão do laudo pericial. E a hipótese de acidente, como contaminação por vazamento de gás, ou de crime não está descartada.
Por enquanto, os investigadores começarão a colher outras informações, como o que as vítimas comeram antes de morrer. De acordo com Shana, não havia indício de comida. "Suspeitamos que eles tenham encomendado de algum restaurante. Agora precisamos descobrir da onde", destacou. E já que Luciana estava caída ao lado do telefone, também pretendem rastrear as ligações. Entre as pessoas que serão ouvidas ao longo da semana estão os pais, o irmão, o ex-marido e colegas de Luciana.
Carreira
A médica Luciana Calcagno Reinhardt trabalhava desde 1999 na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pediátrica do Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP) e desde 2002 na UTI pediátrica e neonatal da Fundação de Apoio Universitário (FAU).

Fonte: Diário Popular

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